quinta-feira, 12 de julho de 2012

Tristeza, solidão e carência podem levar à compulsão por comida

Eventualmente, todo mundo se acaba de comer em uma churrascaria, na ceia de Natal, em um almoço de domingo com a família. Comer além do necessário e ficar com aquela sensação de estômago estufado acontece. Porém, se devorar alimentos em maior quantidade do que o normal for frequente e vier associado a sentimentos de culpa, atenção. "Pode ser baixa autoestima e dificuldade de lidar com questões difíceis, como frustrações, críticas e mágoas", afirma a psiquiatra e terapeuta de família Liliane Kijner Kern, do Programa de Atenção a Transtornos Alimentares da Unifesp.

Emoções negativas também podem nos levar a atacar geladeira. "Geralmente, são sensações como tristeza, abandono e carência afetiva", diz o psiquiatra Fabio Salzano, vice-coordenador do Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do HC (Hospital das Clínicas). O médico também culpa as dietas muito rígidas por alguns episódios de ataques furiosos à comida. "É o caso, por exemplo, de quem fica dois meses sem comer doces e, ao ver um bolo na padaria, compra e o come inteiro. Essa pessoa está doente? Não. Isoladamente, isso não é problema médico. Mas não é o ideal em termos comportamentais", declara o psiquiatra Fabio Salzano, vice-coordenador do Programa de Transtornos Alimentares do HC. 
É muito importante dar atenção à frequência e sentimentos que aparecem após os episódios de comilança. Eles podem sinalizar algo mais grave.  O psicólogo Marco Antonio De Tommaso costuma atender modelos em seu consultório. Algumas dessas jovens perceberam nessas situações um problema. "A imprevisibilidade do meio em que vivem estimula a ansiedade. Muitas mudaram de cidade ou estado, estão distantes da família, sofrem pressão para emagrecer. Algumas se submetem a dietas malucas e não aguentam. Muitas podem começar, a partir daí, a ter o transtorno alimentar", declara o psicoterapeuta.

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